Como proteger seu pet de carrapatos e pulgas?
Pulgas e carrapatos são um problema muito comum na vida de cães e gatos, principalmente em períodos mais quentes, em que a temperatura e umidade favorecem sua proliferação.
PULGAS
Os Animais de estimação podem se coçar esporadicamente, mas não o tempo todo. Se a coceira ocorre com frequência, o animal pode estar infestado por pulgas. Mesmo que o cão ou gato tenha estado em ambiente fechado a maior parte do tempo, as formas jovens destes parasitas (ovos e larvas) estão em todos os lugares e podem ser trazidas para dentro de nossas casas, seja no sapato ou em objetos. Já num passeio, mesmo que rápido, pulgas jovens, que acabaram de sair de seus casulos, podem pular no animal e começar uma infestação rapidamente. Isto porque, após a alimentação e acasalamento, as fêmeas das pulgas podem depositar até 50 ovos por dia no hospedeiro.
Esses ovos caem no ambiente onde o animal costuma passar a maior parte do tempo e, após maturação, liberam as larvas que se adaptam facilmente em locais como tapetes, caminhas e sofás. Após um período de alimentação, as larvas se protegem num casulo chamado de pupa até amadurecer numa pulga jovem. Quando sai do casulo, essa pulga jovem procura rapidamente os animais para se alimentar e se reproduzir, dando continuidade ao seu ciclo.
A picada provoca irritação na pele, podendo causar um tipo de alergia chamada de Dermatite Alérgica à Picada de Ectoparasitas (DAPE), anemia
Transmitir verminoses como o Dipylidium caninum para o gato e para o homem, que causa diarreia com muco e sangue, perda de peso, cólicas, anemia e até ataques epilépticos. A picada da pulga pode transmitir bartonelose, ou doença da arranhadura do gato, uma doença grave que causa febre e conjuntivite e pode passar ao homem.
CARRAPATOS
Os carrapatos também são ectoparasitas muito comuns. Um grande problema ao enfrentar infestações por estes parasitas é que eles são muito resistentes no meio ambiente, podendo sobreviver por meses sem se alimentar. A fêmea adulta chega a depositar no ambiente mais de 3000 ovos de uma só vez.
Dos ovos, eclodem as larvas dos carrapatos, que irão se alimentar no hospedeiro e voltar para o ambiente, evoluindo para uma fase jovem chamada de ninfa, que também procura o hospedeiro para se alimentar e volta para o ambiente para se tornar adulto.
Entre estas idas e vindas entre hospedeiros (cães e, eventualmente, gatos) e o ambiente, a chance de transmissão de doenças infecciosas é aumentada, já que o carrapato pode, durante sua evolução, alimentar-se de vários animais, até mesmo de seres humanos. Em resumo, por causa deste comportamento, os carrapatos são excelentes carreadores de doenças causadas por bactérias e protozoários, transmitindo estes microrganismos muito facilmente entre os cães e seres humanos.
Erliquiose é a doença transmitida por carrapatos mais comum em cães. Ela é causada por uma bactéria e transmitida para o cão quando o carrapato se alimenta de seu sangue. A bactéria leva a alterações das células do sangue, podendo causar anemia e plaquetas baixas.
Como as plaquetas são células que participam da coagulação do sangue, é comum que os animais apresentem sangramentos pelo nariz ou em locais como o olho e na pele (caracterizado por pontinhos vermelhos conhecidos como petéquias). Alguns outros sintomas possíveis são: emagrecimento, falta de apetite, cansaço e febre.
A babesiose é outra importante doença transmitida pelos carrapatos. O agente causador é a Babesia canis, um protozoário que destrói os glóbulos vermelhos, causando anemia. Como as células vermelhas são responsáveis por carregar oxigênio para todo o organismo, a anemia severa poderá comprometer esta entrega e o animal pode sofrer com fraqueza, cansaço e falta de ar.
Alguns sintomas que podem ser observados além das mucosas pálidas e até amareladas por conta da anemia, são febre, falta de apetite, perda de peso e aumento de volume abdominal. Em casos mais graves pode haver comprometimento de rins e fígado.
Caso o tutor do animal note algum dos sintomas descritos, é importante que procure auxílio do médico-veterinário o mais rápido possível para realizar o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.
Entretanto, é importante reforçar que mesmo com o tratamento da doença, é fundamental realizar a eliminação dos parasitas que se encontram no animal e no ambiente, não só para prevenir reinfecções, mas também porque a doença pode ser transmitida para outros animais.
Como Prevenir
Uma das melhores opções de como eliminar pulgas e carrapatos em cães e gatos é com a utilização da coleira antipulgas. Na maior parte dos casos, ela é feita de silicone e contém substâncias que se espalham por todo o organismo animal, através da própria oleosidade da pele.
A vantagem da utilização desse remédio está em sua durabilidade, que é maior que a pipeta e pode chegar até a 6 meses. Além disso, o item não atrapalha a coleira convencional, ou seja, não atrapalha os passeios rotineiros entre família.
- Sprays é uma forma bastante utilizada quando o assunto é como eliminar pulgas e carrapatos são os sprays. A vantagem desse produto é a sua fácil aplicação, que pode ser feita com o pelo ainda seco. Ele é administrado no sentido contrário do crescimento da pelagem do cão e atua diretamente na pele.
- Medicamentos orais também comprimidos que são administrados via oral e, em boa parte dos casos, são utilizados nos casos de infestações maiores. Eles também são bastante eficazes no tratamento contra esses insetos e podem prevenir as infestações por meses.