Origem do Abissínio
O gato Abissínio é considerado uma raça que pode remontar suas raízes ao Vale do Nilo, na verdade, ele foi desenvolvido na Grã-Bretanha. Na década de 60 do século XIX, um gato trazido para a Inglaterra pelo Lorde Robert Napier, após uma expedição militar à Abissínia (atual Etiópia). Esse gato se chamava Zulu e foi a base da bela raça hoje conhecida como Abissínio. O padrão ticking único na pelagem do Abissínio fazia as pessoas lembrarem do padrão de camuflagem na pelagem do coelho selvagem. Essa característica era tão encantadora que o Zulu foi cruzado com gatos de raças aleatórias que tinham visual de pelagem parecido e assim foi criada a raça Abissínia.
A raça em si era bem popular e os gatos logo começaram a ser criados em toda a Europa, Estados Unidos e Canadá. Essa popularidade provou ser a salvação da raça uma vez que as duas guerras mundiais quase decimaram a raça na Europa. Novos Abissínios foram importados e a raça perdurou. No final dos anos 60, quando o vírus da leucemia felina quase destruiu a raça mais uma vez na Grã-Bretanha, mais Abissínios foram trazidos para a Grã-Bretanha para restabelecer a raça novamente.
Acredita-se que estes fantásticos exemplares jaspeados foram levados até ao Oriente mais próximo e África pelos comerciantes britânicos, tendo sido, depois disso, levados até Inglaterra pelas tropas inglesas, regressadas a casa desde a África oriental, em 1868.
E foi aí que se iniciou, no século XIX, a criação sistemática do abissínio, raça que cativou a atenção das pessoas através das suas excecionais marcas agouti. A raça abissínia participa mesmo na exposição de gatos do Crystal Palace, em Londres, em 1871. Em 1882, onze anos depois, a raça é oficialmente reconhecida, passando, assim, a ser uma das mais antigas. Os padrões de raça foram estabelecidos por Harrison Fair, então presidente do clube nacional de gatos de Inglaterra. Passado pouco tempo, o abissínio chega aos Estados Unidos, onde é também oficialmente reconhecido como raça pela Cat Fanciers‘s Association (CFA) em 1911.
As duas guerras mundiais afetaram consideravelmente o número de gatos abissínios. O tamanho das ninhadas diminuiu, passando de uma média de 1 a 4 gatinhos para apenas 2. Além disso, a ocorrência de uma epidemia de leucemia felina nos anos 60 em muito contribuiu para a redução do número de exemplares da raça – e, embora atualmente esta não se encontre na lista de animais em perigo de extinção, a verdade é que o abissínio não é uma raça tão popular como outras.