Gatos ferais, aqueles que têm pouco contato com os seres humanos, os que vivem em praças das cidades ou nas ruas, preferem beber água fresca de chuva ou de riachos correntes. Sua alimentação também é diferente dos gatos que convivem com os seres humanos: caçam insetos, pequenos répteis, passarinhos, ratos e restos de lixo que os atraia. Esse tipo de alimentação é completamente diferente das rações que oferecemos aos nossos gatos em casa. Além da variedade óbvia de nutrientes (e eventualmente deficiente) ela apresenta um percentual de líquidos muito maior que a ração graças às vísceras e musculatura da caça completamente ingerida.
Falando de uma forma geral, esses animais têm uma rotina muito entediante para um caçador nato. Tem sua casa e cama confortáveis; a comida, em via de regra, fica seca em um pote disponível o dia todo e a água em um outro recipiente muitas vezes ignorado tanto pelo gato quanto pela família humana que não se preocupa em trocar com frequência por não ver o animal se interessar ou mesmo chegar perto do pote se meu gato não bebe água é porque não está com sede. Infelizmente não é assim que as coisas deveriam ser.
A primeira coisa que devemos fazer sempre é usar a nossa capacidade de empatia. Vamos nos colocar no lugar do animal, pensar com uma mente felina e, principalmente, vamos nos colocar no lugar do indivíduo que temos em casa, lembrando que cada ser vivo é diferente do outro.
Muitos gatos tendem a se sentir tímidos em lugares muito frequentados, principalmente por estranhos. Alguns deixam a vasilha de água e comida próximas à bandeja utilizada como banheiro pelos animais e isso desestimula o gato a beber água, uma vez que as vasilhas estão próximas de um lugar que ele sabe que é sujo. Vasilhas de água próximas a janelas que recebem calor ou embaixo do sol diretamente deixam a água quente e desagradável para ser ingerida.
Muitas pessoas seguem o raciocínio de que se o gato não bebe muita água o pote pode ficar com a água parada por muito tempo sem maiores problemas. Já vi clientes que, por não trocarem a água da vasilha, permitiram a instalação de larvas de mosquito no pote de água do gato, o que é inadmissível. Para o gato beber água, ou seja, para que ele não ignore essa ação, sua água deve ser trocada no mínimo duas vezes por dia. Em dias de calor podemos colocar gelo no pote para incentivar brincadeiras e deixar a água fresca por mais tempo.
Fontes de água estilo chafariz, torneiras ligadas pela manhã quando queremos escovar os dentes e um gato invadindo nosso espaço. Vasos sanitários abertos e o desespero de ver um gato enfiado lá dentro bebendo água.
Esses são alguns dos momentos que pegamos nossos gatos bebendo água e nem sempre é um prazer ver a cena. A água do chafariz pode ter algum produto químico tóxico para mantê-la cristalina por mais tempo, a hora de escovar os dentes pode ser um momento que estamos com pressa para sair para o trabalho, sem falar no desgosto de ver o gato bebendo a água do vaso sanitário e lembrar que acabamos de ser acordados com lambidas na cara.
Isso tudo pode ser contornado com uma fonte elétrica de água para gatos. Ela contém um filtro que mantém a água limpa e a quantidade é pensada para ser reposta com frequência. Contudo devemos nos preocupar com o fio que vai liga-la na tomada. Como qualquer fio de qualquer eletrodoméstico, deve ser escondido quando temos animais e crianças em casa, pois eles podem causar acidentes feios e até a morte do animal. Parece realmente que os gatos gostam muito dessa alternativa para beberem água.
A maioria das famílias guardiãs de gatos tem o mau hábito de deixar comida seca disponível o dia todo. Isso acarreta um rol de problemas fisiológicos e comportamentais para a maioria dos pets. Hoje sabemos que o ideal é oferecer comida entre duas e três vezes ao dia para um gato saudável. A quantidade deve ser pesada para que ele não engorde muito ou emagreça demais, mantendo um certo grau de controle de peso.
E o mais importante: podemos oferecer a ração umedecida ao final da brincadeira. Ele estará bastante excitado e comendo com mais voracidade. Adicione um pouco de água só para inchar a ração que sobrar da brincadeira, espere ele comer e retire o que sobrar. Aos poucos vá colocando mais água como se fosse um desafio: “para eu comer minha comida eu tenho que tomar essa água antes”. Se notar que ele não está comendo ou se desinteressando pela quantidade de água no pote, dê um passo atrás e volte oferecer a alimentação somente inchada de água. O Lino chega a tomar em uma única refeição 100 ml de água “pescando” a ração dele.
Alguns veterinários também indicam ração em lata umedecida para auxiliar no processo. Mas quando esse facilitador é usado de forma errada você pode criar um gato mal acostumado que terá dificuldades de aceitar ração seca caso seja necessário para algum tipo de tratamento ou eventualidade não prevista.
PENECTOMIA EM GATOS
Gatos sofrem muitas vezes de obstrução uretral e ficam com muita dificuldade de urinar devido a cálculos (pedrinhas) na bexiga.
O gato obstruído vai toda hora na caixa sanitária e parece que quer defecar e não consegue, mas na verdade não consegue urinar. Algumas vezes chega a sair até algumas gotas de urina, e esta pode estar escura e com sangue. O gato começa a miar sem parar, para de comer, pode começar a vomitar e se não for levado rapidamente ao veterinário poderá ter uma lesão seria renal.O veterinários terá que desobstruir o canal uretral, passando uma sonda, comprimindo gentilmente a bexiga, terá que hidrata-lo, dar medicamento para dor, etc. Para se fazer este procedimento o melhor seria anestesiar o gato.
Geralmente deixamos o gato sondado por mais de 24 horas e quando voltar a urinar sozinho, poderá voltar para casa.Muitas vezes não conseguimos desobstruir o canal uretral, outras vezes o animal já teve varias obstruções anteriores e decidimos fazer a amputação do pênis.Este procedimento é uma decisão mais radical, mas muitas vezes necessária para aqueles animais que tem obstruções severas ou recorrentes e podem ficar com sequelas, por exemplo: insuficiência renal.
A cirurgia tem um pós operatório sem muitas complicações e o gatinho volta rapidamente a vida normal. Posteriormente algumas correções na dieta, terão que ser feitas, além de exame de urina e ultrassonografia a cada 6 meses.
Reação ao anestecinesia
Após os efeitos depois de cirurgia mais ou menos 7 dias , o local onde foi aplicada a anestesia começo a abrir a pele soltar e com o tempo a pele caiu por completo, a veterinária pediu de higienizar o local com soro fisiológico e pomada de cicatrização.
Obs: Qualquer atitude diferente , procure o veterinário.